Inicio de colheita do urucum aquece economia do Município de Camapuã-MS

Em Camapuã produtores seguem com a colheita do Urucum. Nesta fase, com o uso de tecnologia, está sendo feita a retirada das sementes dos frutos. O cultivo do Urucum no Município ocupa aproximadamente 80 hectares. A produção nesta primeira colheita está superando as expectativas. Em comparação com a região do oeste paulista, a cultura em Camapuã tem registrado 20% a mais de produtividade.

A produção de Camapuã foi comprada pela empresa Urucum do Brasil, que fará todo o procedimento para enviar o produto para o mercado externo, mais especificamente para a Dinamarca. Essa é uma cultura que foi incentivada pela Prefeitura de Camapuã, por meio da Secretaria de Agronegócio, oferecido todo o suporte para os produtores rurais.

Na ótica do Prefeito, Delano de Oliveira Huber, isso irá agregar valor para os produtores, agregando mais uma fonte de renda familiar, na qual o produtor, o trabalhador, o comércio local e a economia ganham, fortalecendo o campo e a cidade.

O cultivo de urucum traz boas perspectivas para o produtor rural, já que a demanda por corantes naturais tem sido cada vez mais crescente e os novos produtos que entram no mercado têm aumentado a procura pelos grãos da planta. As principais utilizações da cultura são para a produção de colorífico e de corantes para as indústrias alimentícias (doces, sorvetes, laticínios, massas, pães, bebidas, embutidos, óleos e gorduras), farmacêuticas, têxteis, de cosméticos, de perfumarias e de tintas, além da extração de lipídeos, geranilgeraniol e tocotrienol para fins farmacêuticos e medicinais (inovação).

Segundo Eliane Gomes Fabri, pesquisadora do Centro de Horticultura – Setor Plantas Aromáticas e Medicinais do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em São Paulo, o mercado de urucum corresponde a 90% do total do consumo de corantes naturais no Brasil e a 70% de corantes naturais no mundo. Ela acrescenta que 40% da colheita brasileira são utilizadas para a extração de bixina (o corante), 50% para a produção de colorífico e 10% para outras aplicações.

O Brasil é responsável por 57% da produção mundial de urucum, este ano, estimada entre 10.000 t e 12.000 t anuais (mas já chegou a 16.000 t).

São Paulo é o maior produtor brasileiro, seguido de Rondônia, Pará e Paraná. As principais empresas processadoras de urucum estão instaladas principalmente ao redor da Grande São Paulo e na região metropolitana de Campinas.

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