MDB quer recuperar força no interior de MS e ter nome forte para capital

Os primeiros dias de 2020 são de muita análise para o MDB. Depois de perder espaço político em Mato Grosso do Sul nas duas últimas eleições, o partido inicia o ano eleitoral com a missão de restaurar a força da legenda no Estado.

A meta é lançar um candidato forte para disputar a Prefeitura de Campo Grande, dobrar a bancada na Câmara Municipal e eleger, no mínimo, 20 prefeitos no interior

“Tirei essa semana para isso e estou fazendo um diagnóstico do partido no Estado, onde temos candidatos fortes, onde temos algum problema de divisão interna. Para assim ter um diagnóstico preciso e definir os próximos passos”, detalhou o presidente estadual do MDB, ex-presidente da Assembleia Legislativa, Júnior Mochi.

“Entendemos que não ter um candidato em 2016 em Campo Grande foi muito prejudicial ao MDB e não podemos repetir o erro”, analisou.

Para Campo Grande, o nome do deputado estadual Márcio Fernandes vem sendo cotado pelo partido desde o ano passado

“É o mais forte dos nomes que temos. Primeiro porque une a vontade pessoal dele em sair candidato, segundo porque ele já é um quadro MDB, é deputado estadual e terceiro porque ele sempre teve uma votação expressiva e sua base é em Campo Grande”, explicou Mochi.

Apesar do indicativo, o nome de Márcio Fernandes só será confirmado em fevereiro para concorrer na capital

Em ano sem coligação, na disputa por cadeiras na Câmara Municipal, o partido pretende lançar chapa completa com 58 candidatos. Segundo Mochi, o MDB já tem 40 nomes confirmados.

“Entre os nomes temos daqueles que já são vereadores [Loester Nunes de Oliveira e Wilson Sami], fora outros nomes de pessoas que já competiram”, disse. “Não temos nenhum candidato com um potencial eleitoral inferior a 1.500 votos”, exemplificou.

A meta no legislativo municipal é dobrar a bancada na Casa e eleger no mínimo quatro vereadores para se aproximar da bancada do MDB de 2016, quando o partido tinha 5 parlamentares.

Interior

De acordo com Mochi, para articular as candidaturas no interior, as visitas são constantes.

Além da Capital, o partido terá candidatos para disputar a chefia do Executivo em Aquidauana, Corumbá, Coxim, Naviraí e Paranaíba

“Vamos conseguir surpreender com o número”, afirmou o presidente estadual.

“A expectativa é de no mínimo 20 prefeitos. Perdemos isso nas últimas eleições e pretendemos reconquistar”, completou.

Em Três Lagoas, cidade de lideranças do MDB, como a senadora Simone Tebet e o deputado estadual Eduardo Rocha, o partido não deverá ter candidatura própria.

Mochi explica que regionalmente o partido tem uma aliança com o PSDB e deve apoiar a reeleição do atual prefeito Ângelo Guerreiro em Três Lagoas

“Estamos respeitando essas lideranças. Sempre respeitamos os encaminhamentos locais”, disse.

Segundo Mochi, as lideranças locais apontam que isso vai fortalecer o partido no poder legislativo.

MDB

Na eleição municipal de 2016, o MDB não lançou candidatura própria para Executivo municipal de Campo Grande e não apoiou nenhum dos nomes da disputa.

Para Câmara Municipal lançou chapa avulsa, que enfraqueceu o partido. O número de cadeiras caiu de cinco para duas, sem nenhuma reeleição.

Já nas eleições de 2018 o partido perdeu representatividade na Assembleia Legislativa, que passou de seis para três deputados.

Fonte: Jornal do Estado – Fernanda Palheta